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Notícias

 

Roberto e a família (Foto: Reprodução)

Casal gay consegue na Justiça direito de matricular filho na escola com dupla paternidade

Roberto Pereira da Silva disse que se sentiu constrangido ao ter que usar seu nome no campo indicado para 'mãe

Por Deivid Pazatto -18 de outubro de 2021

Um casal gay moradores de Barra do Turvo, interior de São Paulo, conseguiu na Justiça o direito de matricular o filho de 4 anos com dupla paternidade na ficha de inscrição de uma escola do município. As informações são do G1.

Ao portal, Roberto Pereira da Silva, que é professor da rede pública, disse que se sentiu constrangido ao ter que usar seu nome no campo indicado para ‘mãe’. Roberto é casado há sete anos com Alexandre Ribeiro de Jesus e, por dois anos, passaram pelo processo de adoção. Em 2016, conseguiram Arthur, hoje com 4 anos, e Sophia, de 2.

No sistema da Secretaria de Educação de São Paulo, o nome de Roberto consta no campo “mãe” na matrícula de Arthur (Foto: Reprodução)

Apesar das dificuldades enfrentadas no passado, o casal pensou que não haveria mais problemas em relação a adoção. Entretanto, foram surpreendidos quando foram matricular Arthur em uma escola do município, em setembro do ano passado.

Barra do Turvo, cidade com cerca de 7,6 mil habitantes, de acordo com o Censo IBGE 2020, tem apenas uma escola pública – a Escola Municipal Maria Aleixo de Queiroz, é o lugar onde Roberto trabalha como professor e que também desejava matricular o filho.

“Fui todo feliz fazer a matrícula dele na escola. No momento em que a secretária foi colocá-lo no sistema, ela não conseguiu realizar a matrícula de acordo com o que está na certidão de nascimento do Arthur”, recorda Roberto. Na certidão, constam os nomes dos dois pais como filiação, seguindo a ordem alfabética – primeiro o nome de Alexandre e depois o de Roberto.

Inúmeras tentativas foram feitas para que pudesse constar o nome do casal no campo ‘pai’. Porém, o sistema da Secretaria de Educação de São Paulo só aceitou a matrícula quando colocaram o nome de Alexandre como ‘pai’ e o de Roberto como ‘mãe’. “Para o sistema, o campo ‘mãe’ é o mais importante. Eu acho linda a palavra mãe, mas me senti sozinho, envergonhado por passar por isso. Eu tenho uma certidão de nascimento do meu filho, mas não consegui fazê-la valer para colocá-lo na escola”, disse Roberto ao G1.

Direito concedido

Mesmo com o  erro no sistema, Arthur foi matriculado e frequenta as aulas normalmente na escola. No entanto, a situação já dura um ano. Roberto e Alexandre moveram uma ação contra o Governo de São Paulo para fazer a alteração e correção do cadastro deles na matrícula do filho.

Para o advogado Vinicius Vieira Dias, que representa os pais de Arthur, a alteração na forma de cadastrar os responsáveis pelos alunos deveria ser “questão de bom senso”, e não de leis. “O estado está atrasado quando deixa de aceitar o registro escolar de uma criança criada por dois pais ou duas mães“, disse Dias. “Houve um diálogo entre a direção [da escola] e os pais, uma tentativa que chegou à exaustão. Mas, o sistema do estado não aceita o registro”, acrescentou.

No último mês, uma decisão liminar da 1ª Vara Cível de Jacupiranga (SP) foi favorável aos pais. A Procuradoria Geral do Estado foi intimada, via portal eletrônico, no dia 9 de setembro, sobre a sentença e o prazo dado pelo magistrado para o cumprimento, de 20 dias, sob risco de multa diária de R$ 200,00.

Questionada pelo G1 sobre o sistema que não admite dupla paternidade e/ou maternidade, a Secretaria de Educação de São Paulo disse, em nota, que lamenta o incômodo que a situação gerou aos pais de Arthur. Também informaram que receberam a decisão na tarde da última quinta-feira (14), e que, apesar de a matrícula não ser em uma escola da rede estadual, o sistema é utilizado de forma compartilhada, e será reformulado no prazo de 20 dias. A decisão ainda cabe recurso.

Fonte: Gay.blog.br

Link: https://gay.blog.br/gay/casal-gay-consegue-na-justica-direito-de-matricular-filho-na-escola-com-dupla-paternidade/

 

 

Ex-eleitora de Bolsonaro, drag Kaká di Polly fez nascer a 1ª Parada LGBT do país

PUBLICADO EM 6/6/2021POR KETRYN CARVALHO

É oportuno lembrar-se da importância da drag Kaká di Polly

A drag queen Kaká di Polly, um dos grandes ícones da militância LGBTQ+ de São Paulo, basicamente deu à luz primeira Parada LGBT+ do país. A artista, que iniciou sua carreira intercalando o trabalho de psicologia com shows deslumbrantes como drag, figurou como representação prevalecente na Parada SP na primeira edição, em 1997, simplesmente por ajudar o movimento acontecer.

Ao perceber que os policiais estavam bloqueando a Parada, especialmente pela aglomeração intensa de pessoas, Kaká fingiu desmaio com o intento de paralisar o trânsito e ajudar a parada fluir.

“Eles tinham fechado pra gente só uma via da avenida. Nós tínhamos que caminhar por aquela faixa e não interromper o trânsito. A polícia chegou e achou que ia ser bagunça, não sei o que, e falaram que ia ficar parado, como uma manifestação. O Beto chorando, em lágrimas e eu falei ‘pera um pouco, mona, eu vou fazer um negócio’. A hora que eu fizer, você coloca esse caminhão na rua e sai andando com esse povo atrás. Eu fui lá na frente, onde começava a rua, eu estava com uma bandeira oficial do Brasil e a polícia olhando pra mim, aí eu fui ficando nervosa e pus a mão no peito e fingi que eu caí, me joguei no chão”, disse em entrevista à Vice.

História

Em resumo – Em 1995, a comunidade começou a se organizar e entender profundamente que, para conseguir algum direito, é preciso correr atrás dele. Já no ano de 1996, o ato foi na Praça Roosevelt, em São Paulo. A atração contou com cerca de 500 pessoas. Todas unidas em prol das demandas LGBTs e pela luta de favorabilidade à dignidade da pessoa humana, sem distinção. Dessa maneira, em 1997, aconteceu a primeira Parada LGBT na cidade de São Paulo. O evento reuniu cerca de duas mil pessoas. Nós falamos com aprofundamento sobre a gênese da Parada na reportagem de 2019.

Polêmicas

Kaká, há 1 ano, fez uma montagem com o presidente vestido de palhaço e afirmou estar arrependida de seu voto. Já em uma carta aberta publicada em seu site, a artista deu detalhes sobre o seu posicionamento no espectro político.Recentemente, por meio do Instagram, partilhou uma imagem de Fora Bolsonaro.

Fonte: Observatório G

Link: encurtador.com.br/mvNZ6

Pesquisa nacional traça mercado de trabalho e renda da população LGBT

As diversas identidades de gênero também foram abordadas na pesquisa

PUBLICADO EM 25/10/2021 22:38POR KETRYN CARVALHO

A TODXS Brasil, startup sem fins lucrativos que possui mais de 150 pessoas voluntárias e trabalha em prol dos direitos e inclusão da comunidade LGBTI+ no Brasil, lança a “Pesquisa Nacional por Amostra da População LGBTI+”.

Leia mais em:

https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/comportamento/pesquisa-nacional-traca-mercado-de-trabalho-e-renda-da-populacao-lgbt

 

Foto:EternamenteSOU - Angela e Wilma

Idosos LGBTs podem enfrentar impactos com a invisibilidade

Alguns aspectos podem deixar essa população mais vulnerável

PUBLICADO EM 29/09/2021 19:12POR RAFAEL CARVALHO

Em uma era com pautas de acolhimento cada vez mais discutidas, a população idosa LGBT tende a sofrer com a invisibilidade. O ruim é que, com o fato sempre presente, essas pessoas sofrem um afastamento. Além disso, viram alvos de diversos problemas.

‘Mariconas, Bicha Velha’ estão entre as ofensas mais comuns a esses indivíduos. Alguns pontos devem ser ligados a essa invisibilidade. Problemas como a falta de discussão, direitos, saúde, relacionamentos homoafetivos, e solidão, estão interligados à essa questão.

Segundo uma pesquisa feita pelo Centro Internacional de Longevidade, a popução pode ter uma probabilidade menos de felicidade, já podem carregar mais marcas da antiga sociedade mais heteronormativa. Além disso, eles afirmaram que em muitos casos, podem sofrer DE depressão e se apegarem intensamente ao álcool.

“Algumas pessoas podem ter escondido suas identidades LGBTQ+ – sob uma perspectiva de saúde, isso pode tê-las motivado a esconder aspectos da própria saúde pelo medo de ‘sair do armário. No contexto do envelhecimento LGBT, a ideia de que eles possuem uma saúde pior está associada com as experiências negativas do passado. Em outras palavras, consequências do preconceito e o estigma terão um impacto que se manifestará na saúde física e mental”, falou Brian Beach, um dos responsáveis pelo relatório.

Solidão

De acordo com uma pesquisa feita pelo psicólogo Andrew Solomon, 7,3% da população dos idosos LGBTs já tentaram tirar a própria vida, visto que a solidão os deixam oprimidos. Trabalhar a autoaceitação e descobertas não é um caminho tão fácil.

Relacionamentos homoafetivos

Em uma sociedade que aparenta a juventude como a melhor fase possível, os relacionamentos homoafetivos tendem a serem vistos com um duplo preconceito. Casos como o da personagem Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg na TV ainda são raros.

Saúde e mais invisibilidade

Com diversos problemas que podem afetar a saúde mental, essa população necessita mais do que tudo, de acompanhamento médico que lhe apresentem segurança. Vale dizer ainda que este profissional deve saber as diferenças de sexualidade, orientação sexual, identidade e gênero.

Fonte: Observatório G

Link: encurtador.com.br/eBCSU

Julianna Margulies e Reese Witherspoon em The Morning Show (Foto: Reprodução)

Atriz defende cenas de sexo com Reese Witherpoon e sugere que teve suas experiências lésbicas

"Posso te dizer que eu nunca, nunca ficaria com raiva se uma lésbica interpretasse uma mulher hétero", argumentou Julianna Margulies

A atriz Julianna Margulies, de 54 anos, comentou sobre sua participação em série ao lado de Reese Witherspoon, em que formam um par romântico, e afastou qualquer polêmica que possa causar o fato de elas duas, mulheres héteros, assumirem os papéis.

Margulies fez as declarações ao podcast ‘Just for Variety’ nesta quarta-feira (13). A atriz aparece como Laura Peterson na série ‘The Morning Show’, que conta com as atuações de Jennifer Aniston, 52, e Reese Witherspoon, 45, e Steve Carell, 59.

“Quem pode dizer que não tive minhas próprias experiências gays? Estamos fazendo suposições”, brincou Margulies, que forma um casal com Witherspoon no drama.

A artista, que é a estrela da série ‘The Good Wife’, comenta a situação de duas atrizes héteros interpretarem personagens lésbicas e, apesar de estar consciente da polêmica que isso possa causar, pondera: “Eu sei que houve algum barulho do tipo ‘Atrizes lésbicas vão ficar com raiva?’ E eu posso te dizer que eu nunca, nunca ficaria com raiva se uma lésbica interpretasse uma mulher hétero”, argumenta.

Margulies falou, também, a respeito de sua chegada na segunda temporada da produção: “Você tem Jennifer Aniston e Reese Witherspoon interpretando essas duas personagens muito fortes, e na segunda temporada, em vez de trazer um homem para perturbar esse equilíbrio, eles trouxeram uma mulher. Tire o chapéu para isso, porque a verdade é que as mulheres têm mais medo das mulheres.”

Inspirada no livro ‘Top of the Morning: Inside the Cutthroat World of Morning TV’, do jornalista Brian Stelter, ‘The Morning Show’ estreou em 2019 e gira em torno de um telejornal popular e os dramas após a demissão do âncora Mitch Kessler (Carell) em meio a um escândalo de má conduta sexual.

Veja o trailer da segunda temporada, que estreou neste ano:

 

Fonte: MONET

Link: https://revistamonet.globo.com/Series/noticia/2021/10/atriz-defende-cenas-de-sexo-com-reese-witherpoon-e-sugere-que-teve-suas-experiencias-lesbicas.html

 

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