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Mulher negra e trans é agredida por guarda-civil em abordagem na Cracolândia, Centro de SP; veja vídeo

Imagens mostram agente da Guarda Civil Metropolitana quebrando cassetete em Laura Cruz, nesta quinta (30). Atriz alega que agressão começou após desentendimento com guarda. Ela também o acusou de transfobia e racismo. GCM informou que irá apurar as acusações.

Por Beatriz Backes, Gustavo Honório e Kleber Tomaz, TV Globo e g1 SP — São Paulo30/09/2021 20h13  Atualizado há 2 horas

Uma mulher negra e trans foi agredida por um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) nesta quinta-feira (30) durante abordagem na Cracolândia, no Centro de São Paulo. A ação violenta foi gravada por uma professora e as imagens acabaram compartilhadas nas redes sociais (veja vídeo acima).

Por meio de nota divulgada pela Prefeitura, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, informou que o comando-geral da Guarda Civil Metropolitana vai apurar a denúncia para tomar "as medidas disciplinares condizentes."

"Sou ser humano, não mereço ser tratada assim", falou a atriz de teatro, negra e transexual Laura Cruz à reportagem. É ela quem aparece sendo agredida nas filmagens. Numa das cenas é possível ver o momento que o guarda quebra o cassetete nas costas da vítima.

Ela ainda acusou o GCM de ter sido transfóbico e racista com ela e de jogar spray de pimenta no seu rosto. “Homofóbico, homofóbico, é isso que você é”, diz Laura na gravação ao guarda que a agrediu. Nas imagens é possível ver que ela é revistada por outro agente da GCM.

Segundo Laura, o guarda a agrediu após um desentendimento entre eles durante abordagem nas alamedas Cleveland com a Glete, no bairro Campos Elíseos.

Desentendimento e agressão

Foto: Reprodução/Redes sociais

Laura é integrante do Coletivo Tem Sentimento, que acolhe mulheres cis e trans em situação de vulnerabilidade oferecendo cursos, como o de corte e costura. Segundo ela, a confusão começou quando foi buscar uma doação de roupas na região conhecida como Cracolândia. O lugar é conhecido assim por reunir traficantes e usuários de drogas, que vendem e consomem entorpecentes nas ruas.

Na ida, Laura contou que passou em frente à viatura da GCM apenas com um caderno na mão. Na volta, estava com uma sacola. Segundo ela, os guardas pediram que ela mostrasse o que carregava. “Virei a sacola no chão”, contou Laura. A partir daí começaram as ofensas e agressões, de acordo com a atriz.

Apesar de Laura dizer que estava trabalhando, o vídeo mostra o momento que o guarda grita e corre em direção a ela: “Volta aqui...se eu não te arrebento”. É possível ver o agente dando golpes de cassetete na atriz, até que num deles o equipamento quebra.

" Disseram que nada ia acontecer, que eles iriam continuar a exercer a profissão. E perguntei se era assim que eles exerciam a profissão, ao invés de proteger as pessoas", contou Laura à reportagem.

confira o vídeo

encurtador.com.br/HMOP1

A atriz chegou a gravar um vídeo depois das agressões para contar sua versão sobre o que sofreu (assista acima). “Expuseram meu corpo, até fiquei com a bunda de fora porque tive que levantar meu vestido”, contou ela na gravação, que também foi compartilhada nas redes sociais.

“Quero ir atrás dos meus direitos, isso não pode continuar acontecendo. Ele falou para mim que eu estava no território da Cracolândia e que já devia estar acostumada com isso. Não, não tenho que me acostumar com isso", continuou Laura no vídeo que fez.

A artista falou à reportagem que vai registrar boletim de ocorrência na delegacia e também pretende dar queixa dos agentes na Corregedoria da GCM.

Dados de violência

Foto: Reprodução/Instagram

"Laura passa bem, com dor e indignada por tamanha injustiça. Ela foi alvo de discriminação, transfobia e racismo e quer que a luta tudo isso se multiplique", escreveu o Coletivo Tem Sentimento em sua página no Instagram (veja acima).

Levantamento feito pela Rede Nossa São Paulo mostra que 59% dos moradores da capital paulista já sofreram ou presenciaram pelo menos uma situação de preconceito em função de orientação sexual ou identidade de gênero.

Para 52% dos entrevistados, a prefeitura faz pouco para combater violência de gênero na cidade contra LGBTQIA+, enquanto outros 19% afirmam que a gestão municipal não faz nada, totalizando 71% de avaliação negativa sobre o tema.

Fonte: G1

Link: encurtador.com.br/ivCGL

Maurício Souza Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

Minas decide afastar Maurício após post sobre Superman LGBT

A publicação do atleta foi considerada homofóbica

Ana Luiza Menezes - 26/10/2021 20h13 | atualizado em 27/10/2021 17h17

Nesta terça-feira (26), a diretoria do Minas Tênis Clube decidiu afastar o jogador de vôlei Maurício Souza. No último dia 12, o atleta fez uma postagem nas redes sociais sobre a orientação sexual do novo Superman.

A publicação de Maurício foi considerada homofóbica. Dois grandes patrocinadores, Fiat e Gerdau, cobraram uma postura rígida do Minas.

– Em relação às recentes declarações do jogador Maurício Souza, da equipe de vôlei Fiat Minas Gerdau, a Fiat declara seu repúdio a toda e qualquer expressão de cunho homofóbico, considerando inaceitáveis as manifestações movidas por preconceito, ímpeto desrespeitoso ou excludente – destacou um comunicado da Fiat, divulgado nesta terça-feira, cobrando medidas cabíveis.

Segundo o colunista Demétrio Vecchioli, do UOL, o elenco apresentou à diretoria uma carta na qual defende o direto à liberdade de expressão. Alguns jogadores se manifestaram pelas redes sociais negando participação no documento.

Mais cedo, nesta terça, houve uma reunião com diretores do clube e patrocinadores. De acordo com o Globoesporte.com, o Minas chegou a considerar que não havia mais clima para o atleta continuar atuando nos próximos jogos e teria cogitado a possibilidade de rescindir o contrato. Porém, as partes chegaram a um acordo, e Souza se mostrou disposto a se retratar. Além da multa, Maurício Souza será afastado por tempo indeterminado.

Fonte: Pleno News

Link: https://pleno.news/esportes/minas-decide-afastar-mauricio-apos-post-sobre-superman-lgbt.html

 

Uber e MeToo lançam canal para acolher vítimas de violência de gênero na plataforma

Com o intuito de apoiar as vítimas, o serviço consiste em até quatro sessões de uma hora cada, que são conduzidas por psicólogas especializadas

REDAÇÃO MARIE CLAIREDO HOME OFFICE01 OUT 2021 - 10H28 ATUALIZADO EM 01 OUT 2021 - 10H39

Desde 2018, a Uber vem se dedicando a uma série de medidas para combater a violência de gênero na plataforma após o crescimento de denúncias e relatos de assédio, em especial contra mulheres. E um desses avanços se trata de uma parceria da empresa com a MeToo Brasil, organização dedicada ao acolhimento de sobreviventes de abuso sexual.

Através do novo serviço, usuárias(os), motoristas e entregadoras(es) que passarem por uma situação de assédio e violência de gênero em viagens ou entregas usando o aplicativo poderão ser direcionadas ao canal da MeToo após reportar o fato no aplicativo da Uber e serem atendidas pelo time de suporte do app. Os atendimentos serão sigilosos e a Uber não terá acesso a nenhuma informação após o encaminhamento para a MeToo.

A assistência consiste em até quatro sessões de uma hora cada, conduzidas por psicólogas especializadas. O intuito é dar um primeiro acolhimento para a vítima, a fim de que ela se sinta segura e apoiada.

“No Brasil, a violência sexual se dá majoritariamente no ambiente doméstico, mas sabemos que existe muita violência no espaço público, como no transporte. A subnotificação é o maior problema: as vítimas têm muito medo, sentem culpa e a maioria não consegue falar sobre o que aconteceu", explica Marina Ganzarolli, idealizadora da Me Too Brasil. "Acolho vítimas sobreviventes há 15 anos e a Isabela Del Monde, desde 2016. Essa é a primeira iniciativa do mercado que vemos no sentido de dar um passo além daquilo do que é esperado pelas empresas. Inovadora, a ação vai além do óbvio e enfrenta de frente e com um trabalho qualificado as situações de violência sexual", conclui.

De fato, o número de assédio e violência sexual em transportes, tanto público como táxis e serviços de aplicativos, é gritante. Entre as mulheres, os institutos Patrícia Galvão e Locomotiva mostraram, através de uma pesquisa, que 97% das brasileiras com mais de 18 anos já passaram por situações de assédio sexual nesses locais.

"Sabemos dos desafios que ainda existem no enfrentamento à violência contra a mulher e seguimos investindo em ferramentas e projetos de combate a essas condutas. Mas acreditamos muito na importância de denunciar casos de assédio, violência e qualquer comportamento que tenha feito a pessoa se sentir desconfortável. Depois de revisar nosso processo de atendimento e, com a ajuda da deFEMde, treinar nossos agentes e elaborar respostas mais empáticas, estamos dando mais um passo para oferecer um acolhimento mais completo" ressalta, Celeste Lazzerini, Gerente de Operações para Segurança na América Latina da Uber.

Além dessa ação com o MeToo, a Uber já criou também projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, incluindo campanhas contra o assédio, podcast para motoristas parceiros sobre violência contra a mulher, pesquisas sobre o tema, entre outros. Além disso, a empresa está sempre desenvolvendo ferramentas tecnológicas voltadas para segurança do app, como a detecção de mensagens inapropriadas, não revelação do número de telefone, bem como da origem e destino exato das viagens no histórico do motorista, compartilhamento de rota, gravação de áudio e o recurso U-Elas, que permite às parceiras receberem chamadas de viagem apenas de outras mulheres.

Fonte: Marie Claire

Link: encurtador.com.br/gknpI

 

Roberto e a família (Foto: Reprodução)

Casal gay consegue na Justiça direito de matricular filho na escola com dupla paternidade

Roberto Pereira da Silva disse que se sentiu constrangido ao ter que usar seu nome no campo indicado para 'mãe

Por Deivid Pazatto -18 de outubro de 2021

Um casal gay moradores de Barra do Turvo, interior de São Paulo, conseguiu na Justiça o direito de matricular o filho de 4 anos com dupla paternidade na ficha de inscrição de uma escola do município. As informações são do G1.

Ao portal, Roberto Pereira da Silva, que é professor da rede pública, disse que se sentiu constrangido ao ter que usar seu nome no campo indicado para ‘mãe’. Roberto é casado há sete anos com Alexandre Ribeiro de Jesus e, por dois anos, passaram pelo processo de adoção. Em 2016, conseguiram Arthur, hoje com 4 anos, e Sophia, de 2.

No sistema da Secretaria de Educação de São Paulo, o nome de Roberto consta no campo “mãe” na matrícula de Arthur (Foto: Reprodução)

Apesar das dificuldades enfrentadas no passado, o casal pensou que não haveria mais problemas em relação a adoção. Entretanto, foram surpreendidos quando foram matricular Arthur em uma escola do município, em setembro do ano passado.

Barra do Turvo, cidade com cerca de 7,6 mil habitantes, de acordo com o Censo IBGE 2020, tem apenas uma escola pública – a Escola Municipal Maria Aleixo de Queiroz, é o lugar onde Roberto trabalha como professor e que também desejava matricular o filho.

“Fui todo feliz fazer a matrícula dele na escola. No momento em que a secretária foi colocá-lo no sistema, ela não conseguiu realizar a matrícula de acordo com o que está na certidão de nascimento do Arthur”, recorda Roberto. Na certidão, constam os nomes dos dois pais como filiação, seguindo a ordem alfabética – primeiro o nome de Alexandre e depois o de Roberto.

Inúmeras tentativas foram feitas para que pudesse constar o nome do casal no campo ‘pai’. Porém, o sistema da Secretaria de Educação de São Paulo só aceitou a matrícula quando colocaram o nome de Alexandre como ‘pai’ e o de Roberto como ‘mãe’. “Para o sistema, o campo ‘mãe’ é o mais importante. Eu acho linda a palavra mãe, mas me senti sozinho, envergonhado por passar por isso. Eu tenho uma certidão de nascimento do meu filho, mas não consegui fazê-la valer para colocá-lo na escola”, disse Roberto ao G1.

Direito concedido

Mesmo com o  erro no sistema, Arthur foi matriculado e frequenta as aulas normalmente na escola. No entanto, a situação já dura um ano. Roberto e Alexandre moveram uma ação contra o Governo de São Paulo para fazer a alteração e correção do cadastro deles na matrícula do filho.

Para o advogado Vinicius Vieira Dias, que representa os pais de Arthur, a alteração na forma de cadastrar os responsáveis pelos alunos deveria ser “questão de bom senso”, e não de leis. “O estado está atrasado quando deixa de aceitar o registro escolar de uma criança criada por dois pais ou duas mães“, disse Dias. “Houve um diálogo entre a direção [da escola] e os pais, uma tentativa que chegou à exaustão. Mas, o sistema do estado não aceita o registro”, acrescentou.

No último mês, uma decisão liminar da 1ª Vara Cível de Jacupiranga (SP) foi favorável aos pais. A Procuradoria Geral do Estado foi intimada, via portal eletrônico, no dia 9 de setembro, sobre a sentença e o prazo dado pelo magistrado para o cumprimento, de 20 dias, sob risco de multa diária de R$ 200,00.

Questionada pelo G1 sobre o sistema que não admite dupla paternidade e/ou maternidade, a Secretaria de Educação de São Paulo disse, em nota, que lamenta o incômodo que a situação gerou aos pais de Arthur. Também informaram que receberam a decisão na tarde da última quinta-feira (14), e que, apesar de a matrícula não ser em uma escola da rede estadual, o sistema é utilizado de forma compartilhada, e será reformulado no prazo de 20 dias. A decisão ainda cabe recurso.

Fonte: Gay.blog.br

Link: https://gay.blog.br/gay/casal-gay-consegue-na-justica-direito-de-matricular-filho-na-escola-com-dupla-paternidade/

 

 

Ex-eleitora de Bolsonaro, drag Kaká di Polly fez nascer a 1ª Parada LGBT do país

PUBLICADO EM 6/6/2021POR KETRYN CARVALHO

É oportuno lembrar-se da importância da drag Kaká di Polly

A drag queen Kaká di Polly, um dos grandes ícones da militância LGBTQ+ de São Paulo, basicamente deu à luz primeira Parada LGBT+ do país. A artista, que iniciou sua carreira intercalando o trabalho de psicologia com shows deslumbrantes como drag, figurou como representação prevalecente na Parada SP na primeira edição, em 1997, simplesmente por ajudar o movimento acontecer.

Ao perceber que os policiais estavam bloqueando a Parada, especialmente pela aglomeração intensa de pessoas, Kaká fingiu desmaio com o intento de paralisar o trânsito e ajudar a parada fluir.

“Eles tinham fechado pra gente só uma via da avenida. Nós tínhamos que caminhar por aquela faixa e não interromper o trânsito. A polícia chegou e achou que ia ser bagunça, não sei o que, e falaram que ia ficar parado, como uma manifestação. O Beto chorando, em lágrimas e eu falei ‘pera um pouco, mona, eu vou fazer um negócio’. A hora que eu fizer, você coloca esse caminhão na rua e sai andando com esse povo atrás. Eu fui lá na frente, onde começava a rua, eu estava com uma bandeira oficial do Brasil e a polícia olhando pra mim, aí eu fui ficando nervosa e pus a mão no peito e fingi que eu caí, me joguei no chão”, disse em entrevista à Vice.

História

Em resumo – Em 1995, a comunidade começou a se organizar e entender profundamente que, para conseguir algum direito, é preciso correr atrás dele. Já no ano de 1996, o ato foi na Praça Roosevelt, em São Paulo. A atração contou com cerca de 500 pessoas. Todas unidas em prol das demandas LGBTs e pela luta de favorabilidade à dignidade da pessoa humana, sem distinção. Dessa maneira, em 1997, aconteceu a primeira Parada LGBT na cidade de São Paulo. O evento reuniu cerca de duas mil pessoas. Nós falamos com aprofundamento sobre a gênese da Parada na reportagem de 2019.

Polêmicas

Kaká, há 1 ano, fez uma montagem com o presidente vestido de palhaço e afirmou estar arrependida de seu voto. Já em uma carta aberta publicada em seu site, a artista deu detalhes sobre o seu posicionamento no espectro político.Recentemente, por meio do Instagram, partilhou uma imagem de Fora Bolsonaro.

Fonte: Observatório G

Link: encurtador.com.br/mvNZ6

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