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Crédito: Reprodução/Instagram Carlinhos
Carlinhos Mendigo é denunciado pelo MP-SP por homofobia
Carlos Alberto da Silva, o Mendigo do Pânico, responderá por discurso de ódio contra LGBTs
https://catracalivre.com.br/cidadania/ex-de-carlinhos-mendigo-desabafa-e-ele-rebate-se-faz-de-vitima/">Carlinhos Mendigo foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) devido a comentários https://catracalivre.com.br/tag/homofobia/">homofóbicos e https://catracalivre.com.br/cidadania/transfobia/">transfóbicos publicados nas redes sociais. Nas postagens, ele afirmava que era melhor ser órfão do que adotado por uma mãe ou um pai trans.
“Preferia ser órfão do que adotado por uma mulher operada que se passa por homem para ter o privilégio de adotar uma criança”, escreveu ele em um post.
“Prefiro ser também órfão do que ser criado por um homem operado se passando também por mulher para querer ser mãe. Não existe jamais amor real nisso”.
O promotor Fernando Albuquerque Soares de Souza (MP-SP) considerou que as publicações propagam o ódio, incitam a discriminação e induzem ao preconceito e à violação de direitos humanos.
Histórico de homofobia
Em junho deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou uma denúncia de crime de LGBTfobia do Ministério Público contra Carlinhos Mendigo.
Uma das publicações foi falando de Thammy Miranda, quando estrelou na campanha de Dia dos Pais para a marca de Natura.
A decisão, acatada pela juíza Cecília Pinheiro da Fonseca, faz parte de um processo que tramita na 3ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, por crime resultante de preconceito de raça ou de cor.
Transfobia é crime!
Apesar de transfobia e homofobia não serem a mesma coisa – um diz respeito à violência contra a identidade de gênero e o outro à orientação sexual – https://catracalivre.com.br/cidadania/stf-criminaliza-a-homofobia/">a criminalização da homofobia pelo STF, em junho de 2019, se estende a toda comunidade LGBT e também equipara atos transfóbicos ao crime de https://catracalivre.com.br/cidadania/racismo-como-denunciar/">racismo. Nesta matéria https://catracalivre.com.br/cidadania/como-denunciar-homofobia/">aqui, explicamos como denunciar esse tipo de crime.
Homofobia é crime!
Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de https://catracalivre.com.br/cidadania/racismo-como-denunciar/">racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.
Como denunciar pela internet
Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o https://new.safernet.org.br/denuncie">portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.
Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.
Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O https://www.todxs.org/app/#download">Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.
Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.
Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo https://oiadvogado.com.br/">Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.
Delegacias
Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.
As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo https://www.disque100.gov.br/">Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos.
Fonte: Catraca Livre
Link: https://catracalivre.com.br/cidadania/carlinhos-mendigo-homofobia/
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Câmara do Rio rejeita novamente projeto que cria Dia da Visibilidade Lésbica
Por: Aline Macedo em 23/09/21 17:52
Em nova batalha voto a voto, a Câmara do Rio mandou para o arquivo, nesta quinta-feira (23), o projeto que incluiria no calendário municipal o Dia da Visibilidade Lésbica, defendido em vídeo por artistas.
Foram 22 votos contrários e 19 favoráveis. Célio Lupparelli (DEM), Pedro Duarte (Novo) e Rocal (PSD) se abstiveram; já Carlos Eduardo (Pode), Marcelo Arar (PTB), Márcio Santos (PTB), Rafael Aloísio Freitas (Cidadania), Verônica Costa (DEM) e Vera Lins (PP) não se manifestaram.
A única vereadora no grupo vencedor foi Tânia Bastos (Republicanos).
Na sessão de hoje, a tônica principal do debate foi o argumento que a lei levaria a discussão sobre sexualidade às escolas. Felipe Michel (PP) inclusive levou ao plenário a história em quadrinhos "Vingadores: a cruzada das crianças", da Marvel, que foi censurada na Bienal de 2019.
O projeto do Dia da Visibilidade Lésbica foi protocolado pela primeira vez na legislatura passada por Marielle Franco, e foi reapresentado no início deste ano por sua viúva, Monica Benicio (PSOL).
Fonte: Jornal Extra
Link: encurtador.com.br/nEHMY
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Billy Porter (Foto: Reprodução)
Billy Porter será diretor de romance gay adolescente da HBO Max
A trama retrata a história de Randy, que costuma passar as férias de verão no Acampamento Outland
PUBLICADO EM 26/10/2021 19:11POR MUKA OLIVEIRA
O astro da série ‘Pose’, Billy Porter, de 52 anos, será responsável pela adaptação do livro ‘Camp’, escrito por Lev Rosen, para a HBO Max. As informações foram divulgadas pelo Deadline.
A trama retrata a história de Randy, que costuma passar as férias de verão no Acampamento Outland, especial para adolescentes da comunidade LGBTQIA+. Randy tem um amor platônico por Hudson, outro regular do acampamento – o problema é que Hudson só se interessa por homens mais “masculinos”, e ele acaba saindo do perfil desejado pelo seu pretendente.
Por conta de sua paixão, Randy decide mudar totalmente o seu visual e estilo de vida, para agradar Hudson. Porém, quando a sua aposta dá certo, ele precisa se perguntar quem ele realmente é, e se está disposto a largar seus looks, maquiagens e tudo o que te fez feliz, por um amor…
Além do papel de diretor, o vencedor do Emmy, do Tony e do Grammy, Porter também interpretará o papel coadjuvante de Mark, o instrutor de teatro do acampamento. O longa ainda não tem previsão de estreia na plataforma.
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5 mulheres trans que fizeram a diferença na luta LGBTQIA+
Roanna Azevedo - 30/09/2021
Resistência talvez seja a palavra que melhor define a luta das mulheres transexuais para garantir e proteger seus direitos. Lutar para sobreviver num mundo que não costuma acolher identidades de gênero diferentes da cis infelizmente é o cotidiano de muita gente.
Para celebrar a força do ativismo LGBTQIA+, reunimos cinco mulheres trans que você precisa conhecer. Pioneiras no combate ao preconceito, elas dedicaram as próprias vidas ao movimento para, assim, revolucionar a de outros.
Marsha P. Johnson
Dedicada a lutar contra a perseguição que a comunidade LGBTQIA+ nova-iorquina sofria, Marsha P. Johnson foi um dos principais nomes da linha de frente da Revolta de Stonewall, em 1969. Foi uma das fundadoras do Gay Liberation Front e protestou contra o abuso de autoridades policiais e a prisão injusta de pessoas trans e homossexuais.
Ao lado da drag queen Sylvia Rivera, criou a Street Transvestite Action Revolutionaries (S.T.A.R), uma organização voltada ao acolhimento de jovens LGBTQIA+ em situação de rua. O coletivo oferecia moradia e alimentação, além de apoio no entendimento e afirmação da identidade trans.
Em 1992, Marsha foi encontrada sem vida nas águas do rio Hudson. Sua morte foi considerada suicídio pela polícia de Nova York, mas, para os amigos, é provável que ela tenha sido vítima de assassinato. Mais de vinte anos depois, a também ativista trans Victoria Cruz passou a investigar o caso por conta própria, resultando no documentário da Netflix “A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson” (2017), que mostra um pouco do legado deixado por um dos maiores nomes da luta por direitos LGBTQIA+.
Miss Major
Assim como Marsha P. Johnson, Miss Major também desempenhou um papel fundamental durante a rebelião de Stonewall. Desde então, ela luta pela causa LGBTQIA+, principalmente pelas mulheres trans e negras dos Estados Unidos, compromisso que assumiu há 40 anos.
Major passou diversas vezes pela prisão ao longo dos anos 70, podendo ver de perto como os detentos eram submetidos a diferentes violações dos direitos humanos. Foi a partir daí que ela decidiu atuar em prol de pessoas trans encarceradas e oferecer meios para que elas retomassem suas vidas após se libertarem.
Em 2006, Miss Major se tornou diretora do Transgender Gender-Variant and Intersex Justice Project e, mesmo tendo se aposentado oficialmente em 2015, não abandonou o ativismo. Ela fundou e vive atualmente na House of GG, uma casa de repouso e acolhimento para a comunidade trans.
Lili Elbe
Nascida na Dinamarca, em 1882, Lili Elbe é considerada por muitos pesquisadores como a primeira pessoa transgênero a passar por cirurgias de redesignação sexual no mundo.
A descoberta de sua identidade aconteceu durante o relacionamento que teve com a ilustradora Gerda Wegener. Em uma ocasião, Lili precisou substituir a modelo que sua então esposa receberia para desenhar no estúdio, vestindo roupas tipicamente femininas e posando no lugar dela.
A partir desse dia, Lili percebeu que não conseguia se identificar como uma pessoa do gênero masculino e procurou a ajuda de especialistas que pudessem ajudá-la a manifestar sua identidade de forma livre. Ela passou por diversos procedimentos cirúrgicos, dentre eles, uma castração, mas acabou não resistindo às complicações geradas por um transplante de útero.
Sua luta e trajetória de vida são contadas nos livros “De Homem Para Mulher” e “The Danish Girl”. Esse último foi adaptado para o cinema em 2015 sob o mesmo título e indicado a quatro Oscars.
Indianara Siqueira
A ativista transgênero Indianara Siqueira é um dos grandes expoentes da luta por direitos das mulheres trans no Brasil. Presidente do grupo Transrevolução, ela decidiu fundar a Casa Nem em 2015, um abrigo voltado para o acolhimento de pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social.
O trabalho de Indianara foi reconhecido em 2019 pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que lhe concedeu o Prêmio à Diversidade, Direito e Respeito à Cidadania. Ela também concorreu ao cargo de vereadora da capital carioca em 2016 e, novamente, em 2020.
Sua história pode ser vista no documentário “Indianara”, dirigido por Aude Chevalier-Beaumel e Marcelo Barbosa. O filme funciona como um retrato da vida da ativista e foi premiado em três festivais de cinema.
Erica Malunguinho
Deputada estadual de São Paulo desde 2018, Erica Malunguinho é a primeira mulher trans eleita para a Assembleia Legislativa no Brasil. Ela é mestre em estética e história da arte pela Universidade de São Paulo e costuma aliar seus conhecimentos acadêmicos às lutas que defende.
Além de ativista antirracista, também trabalha em prol da pauta LGBTQIA+. Suas prioridades a respeito dela são a garantia dos direitos de pessoas trans e a inclusão das mesmas na força de trabalho.
Fonte: Hypeness
Link: encurtador.com.br/glOU8
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Dave Chappelle (Foto: Divulgação)
Após acusação de transfobia, Dave Chappelle ataca comediante LGBT: “Não é engraçada”
Comediante prometeu que não se curvará à 'demanda' sobre pedir desculpas por suas piadas transfóbicas
PUBLICADO EM 26/10/2021 20:02POR MUKA OLIVEIRA
O humorista Dave Chappelle, de 48 anos, envolvido em um grande escândalo de transfobia e piadas homofóbicas em sua série “The Closer”, da Netflix, se recusou a pedir desculpas sobre o ocorrido e ainda ironizou a humorista LGBT, Hannah Gadsby, que havia criticado o teor de suas piadas no especial da plataforma de streaming.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Chappelle falou sobre os protestos que vem sofrendo por conta de suas afirmações transfóbicas e prometeu que não existirão pedidos de desculpas. “Para a comunidade transgênera: estou mais do que disposto a dar a vocês uma audiência, mas não são vocês que vão me convocar. Não vou me curvar às exigências de ninguém. E se você quiser se encontrar comigo, estou mais do que disposto, mas tenho algumas condições. Em primeiro lugar, você não pode vir se não assistiu ao meu especial do começo ao fim. Você deve vir a um lugar que eu escolher, na hora que eu escolher e, em terceiro, deve admitir que Hannah Gadsby não é engraçada”, escreveu.
Hannah havia criticado publicamente Chappelle e o CEO da Netflix, Ted Sarandos, após a plataforma defender a permanência do especial no catálogo, justificando ‘liberdade de expressão’. “Você não me pagou nem de longe o suficiente para lidar com as consequências no mundo real do discurso de ódio feito pelo cão assobiando e que você se recusa a reconhecer, Ted”, escreveu a humorista em suas redes sociais.
Por fim, o astro de ‘The Closer’ afirma que não foi convidado para um encontro com funcionárias trans da Netflix, e que teria aceitado uma conversa caso isso tivesse acontecido. “Foi dito na imprensa que fui convidado para falar com funcionários transgêneros da Netflix e recusei. Isso não é verdade. Se eles tivessem me convidado, eu teria aceitado, embora esteja confuso sobre o que falaríamos. Eu disse o que disse e, cara, eu ouvi o que vocês disseram. Meu Deus, como não poderia? Falaram que desejam um ambiente de trabalho seguro na Netflix, mas parece que sou o único que não pode mais ir ao escritório”, justificou Chappelle.
Fonte: Observatório G
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