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Bandeira Inteesexo

O que é intersexo?

Intersexo é um termo utilizado para um grupo de variações congenitais de anatomia sexual ou reprodutiva que não se encaixam perfeitamente nas definições tradicionais de “sexo masculino” ou “sexo feminino”.

Por exemplo, uma pessoa pode nascer com uma genitália que aparenta estar entre o que é usualmente considerado um pênis e uma vagina. Ou a pessoa pode ter nascido com um mosaico genético, onde parte das células possui cromossomo XX e outra parte possui cromossomo XY.

Enquanto normalmente se fala de intersexualidade como uma condição congênita (que está presente desde o nascimento), a anatomia intersexo nem sempre está presente ou visível no nascimento. Algumas vezes, a pessoa só descobre que pode se considerar intersexo durante a puberdade, ou quando descobre que é infértil durante a vida adulta, ou quando morre e é feita uma autópsia. Algumas pessoas vivem e morrem com uma anatomia que seria considerada intersexo sem que ninguém saiba (incluindo elas mesmas).

Quais variações da anatomia sexual contam como intersexo? Na prática, diferentes pessoas podem ter diferentes respostas para esta pergunta.

O que não é surpreendente, já que intersexo não é uma categoria clara.O que isso significa? Intersexualidade é uma categoria socialmente construída que reflete uma variação biológica real, assim como a definição de “sexo masculino” ou de “sexo feminino”. Para explicar isso melhor, podemos ver o espectro sexual como o espectro de cores. Não há dúvida que na natureza existem ondas eletromagnéticas que traduzem em cores que a maioria de nós vemos como vermelho, azul, verde, etc. Mas a decisão de distinguir e categorizar, por exemplo, laranja e vermelho-laranja, somente é feita quando necessitamos ou queremos, por exemplo, quando queremos um certo tom de cor.

Do mesmo jeito, a natureza nos apresenta espectros sexuais. Seios, pênis, clitoris, gônadas, vagina – todos esses órgãos variam em tamanho, formato e morfologia. Até mesmo os “cromossomos sexuais” podem variar consideravelmente. Mas na cultura humana, categorias sexuais são simplificadas em “macho”, “fêmea”, e algumas vezes “intersexo”, para simplificar interações sociais, expressar o que nós sabemos e sentimos e manter uma ordem.

A natureza não decide onde a categoria “macho” acaba e onde começa a categoria “intersexo”, onde a categoria “intersexo” acaba e onde a categoria “fêmea” começa. Pessoas decidem, através da designação de gênero ao nascimento. Pessoas (hoje, tipicamente da área da medicina) decidem o quão pequeno o pênis tem que ser, ou o quão incomum uma combinação de partes tem que ser, para alguém contar como intersexo. Pessoas que decidem se uma pessoa com cromossomo XXY ou XY e insensibilidade a andrógenos conta como intersexo.

A opinião de médiques sobre o que conta como “intersexo” varia consideravelmente. Algumes acreditam que é necessário ter uma genitália ambígua, mesmo que por dentro seja predominante categorizado com de um sexo e fora de outro sexo. Outres acreditam que é necessário que o cérebro precise ter sido exposto por uma mistura atípica de hormônios pré-natalmente. Já outres acreditam que é necessário ter tanto tecido testicular quanto ovariano para contar como intersexo.

No final do século XIX, a medicina se tornou o principal meio de lidar com intersexualidade. Antes disso, a grande maioria das pessoas com condições intersexo passavam sem nenhum tipo de reconhecimento ou atenção religiosa, legal ou médica e somente poucos casos por ano recebiam atenção de autoridades. Presumidamente, outras pessoas com as chamadas “anatomias sexuais anormais” viviam vidas regulares, tanto porque suas variações anatômicas eram imperceptíveis ou não eram consideradas especialmente importantes. Quando ume recém-nascide tinha um alto grau de ambiguidade genital, parteiras, avós, e outras pessoas idosas locais eram quem designavam o gênero. (Em termos de orientação sexual, era esperado que todas as pessoas tivessem relações somente com pessoas que eram identificadas como do “sexo oposto”; em muitos lugares, a violação dessa regra era punida com meios violentos, e algumas vezes até fatais.)

No entanto, ao final do século XIX, através de ciências ginecológicas e de numeras examinações médicas militares, doutories viram que as anatomias sexuais “anormais” eram na verdade bem comuns. Médiques dessa época começaram a reportar dezenas de casos por ano de “hermafroditismo” e de “pseudo-hermafroditismo”. Como muites especialistas médiques eram politicamente conservadores e queriam manter as fronteiras sexuais claramente definidas pra combater a “homossexualidade aberta” e a ascensão do feminismo, a existência intersexo causava um estresse notável. (a fusão de sexo, orientação sexual e expressão de gênero se torna clara nos anos de 1890 com o uso do termo “hermafroditismo psíquico” pra se referir a homens gays, e com a afirmação “científica” comum de que a educação de universidades fisicamente “masculinizavam” mulheres.) Portanto, especialistas em biomedicina criaram um sistema onde todo mundo seria classificado como “verdadeiramente homem” ou “verdadeiramente mulher”, independentemente da extensão ou da realidade natural da anatomia intersexo.

Bandeira intersexo, criada por Natalie Phox

Doutories então criaram um padrão arbitrário baseado no tecido gonadal, que persiste em muitos textos médicos hoje. Uma pessoa com uma anatomia sexual fora do padrão e tecido ovariano é vista como “fêmea pseudo-hermafrodita”; Uma pessoa com anatomia sexual fora do padrão e tecido testicular é vista como “macho pseudo-hermafrodita”; E se a pessoa tem tanto tecido testicular e ovariano, é vista como “verdadeira hermafrodita”. Dado as limitações tecnológicas da época, doutories vitorianes gostavam deste sistema porque não era possível facilmente diagnosticar “hermafroditismo verdadeiro” em pessoas vivas. Como consequência, as pessoas “hermafroditas verdadeiras” eram somente pessoas mortas e dissecadas; a única informação sobre intersexualidade vinha de exames póstumos.

Todas as outras pessoas intersexo, incluindo pessoas “pseudo-hermafroditas”, eram classificadas como “verdadeiramente machos” ou “verdadeiramente fêmeas” e eram ordenadas a agirem socialmente e sexualmente de forma normativa, no seu gênero designado. No entanto, com o desenvolvimento de técnicas médicas e com o aumento do acesso a assistência médica, muitas pessoas estavam sendo diagnosticadas com um “sexo verdadeiro” biológico que não fazia sentido socialmente. (Durante os anos de 1910, assim como hoje, mulheres com insensibilidade a andrógenos não podiam ser classificadas como homens só porque possuíam tecido testicular.)

Em um paradigma cissexista, não havia categoria social para pessoas que eram diagnosticadas com “hermafroditismo verdadeiro”. Então, durante os anos de 1920, especialistas que trabalhavam com intersexualidade desenvolveram a noção de gênero (papel social) separado da anatomia sexual. E então começaram a oferecer “correções” cirúrgicas mais ativamente para trazer o sexo biológico em linha com o gênero designado. Isso levou ao desenvolvimento de aproximações teóricas e técnicas cirúrgicas, porém a motivação continuava a mesma: manter as categorias sexuais distintas e binárias.

É interessante notar que, durante a segunda metade do século XIX, uma pequena porcentagem de pacientes intersexo já haviam começado a pedir por cirurgias, e alguns cirurgiões já haviam começado a oferecer uma reconstrução genital. Com a exceção de raras clitoridectomias que eram praticadas em crianças porque tinham grandes clítoris, a grande maioria de cirurgias genitais eram praticadas por motivos cosméticos e eram solicitados por adultos. Tanto pacientes quanto cirurgiães geralmente evitavam cirurgias eletivas por razões de segurança. Também havia motivos para acreditar que muitas pessoas intersexo eram socialmente saudáveis sem cirurgia; pessoas intersexo não viviam desproporcionalmente como eremitas ou tentavam suicídio. O psicologista John Money estudou pessoas adultas intersexo e descobriu, antes da era da intervenção cirúrgica cosmética para intersexo, que essas pessoas possuiam uma taxa menor de psicopatologias que a população em geral.

Como muitos outros campos de biologia, sexualidade e psicologia, intersexualidade se tornou um foco da medicina. Para um pequeno número de pessoas intersexo, isto é, para aquelas pessoas com risco de câncer gonadal ou hiponatremia, a medicalização da intersexualidade provavelmente melhorou sua saúde, e até mesmo salvou a vida de algumas. Porém, a maioria dos tratamentos para pessoas intersexo eram motivados não por questões de saúde metabólica, mas sim por preocupações psicossociais; assim como nos anos de 1890, nos anos 50, intersexualidade era vista primariamente como um problema psicossocial que misturava categoriais sexuais em uma maneira socialmente desconfortável.

Nos anos 50, a Universidade de Johns Hopkins criou um time e se tornou o primeiro centro médico a oferecer uma aproximação multidisciplinar para intersexualidade, uma que desejava essencialmente eliminar a intersexualidade durante a infância. A aproximação desenvolvida lá ficou conhecida como o modelo de “desenvolvimento de gênero ótimo”. A ideia básica era que o potencial de cada criança para uma identidade de gênero “normal” deveria ser maximizada fazendo com que o corpo da criança, sua criação, e mente alinhem o máximo possível. E por causa de uma crença de que era mais difícil cirurgicamente criar um menino do que uma menina, muitas crianças intersexo eram submetidas a cirurgias, endocrinologia e tratamentos psicológicos para que se tornassem o mais “feminino” possíveis. Ume paciente de “sucesso” era quem era julgade como estável e “normal” (ipso/hétero) em seu gênero atribuído. (Numa era em que esquadrões anti-drogas invadiam bares gays, não era surpresa que desvios das normas de gênero e atração eram vistos por muites profissionais como insustentáveis.)

Bandeira intersexo, criada por anônime

Mesmo que os primeiros textos deste time defendessem falar a verdade e oferecer suporte psicológico consistente, na prática, muites pacientes eram enganades e recebiam suporte psicológico mínimo. Assim como na maior parte da medicina, doutores faziam as decisões para es pacientes. Havia pouco investimento de ideias de consentimento informado ou de estudar saídas de modo sistemático. (Não foi até os anos 60 que profissionais da medicina começaram a agressivamente procurar por casos de intersexualidade.)

O psicologista John Money forneceu o suporte teórico para o modelo Hopkins. Ele argumentou que a identidade de gênero era em grande parte mutável nos primeiros anos de vida, que a criação era mais importante que a natureza. O maior suporte para este argumento veio do famoso caso conhecido como “João/Joana”. A pessoa em destaque, David Reimer, nasceu como um gêmeo idêntico, não intersexo, em 1965. Enquanto estavam fazendo uma circuncisão, um doutor acidentalmente queimou o pênis de 5 meses de David. Os pais de David consultaram com o time de Hopkins, e Money recomendou que mudassem a genitália e o gênero da criança e que criassem David como uma garota. Por decadas Money erroneamente promoveu o resultado bem sucedido porque a criança havia reportadamente “virado” uma garota “normal”, que se “identificava de forma feminina”, e heterossexual. A verdade era que David nunca se sentiu verdadeiramente do gênero feminino. E de fato, quando seus pais contaram a verdade sobre o que aconteceu, David imediatamente reassumiu seu papel de gênero como homem.

Não se sabe o porquê de Money, que em 1953 achou um nível relativamente baixo de psicopatologia entre adultes intersexo, achar que pessoas intersexo devessem ter seu sexo e gênero cirurgicamente e socialmente construídos para serem psicologicamente saudáveis. Mas as pessoas não questionaram a teoria controversa de Money relacionada à criação-acima-de-natureza. Cirurgiães e psicologistas gostavam da teoria porque isso significava que estavam fornecendo bons cuidados para crianças “anormais”. Feministas gostavam dessa teoria porque preferiam que a ideia que gênero – e portanto normas de gênero – era totalmente socialmente construído e maleável. Responsáveis provavelmente gostavam também porque podiam ter certeza que suas crianças com corpos “anormais” poderiam crescer e se tornarem adultes hétero e “normais”.

Mas algumas pessoas não gostavam desse sistema: pessoas que, como David Reimer, se sentiram maltratadas no melhor caso, e medicamente violadas no pior. De qualquer forma, a maioria ficou em silêncio, acreditando que estavam sozinhes em suas experiências.

Isso mudou em 1993, quando a bióloga feminista Anne Fausto-Sterling publicou artigos no The Sciences e The New York Times expondo o básico fato que intersexualidade existe. Em resposta, Cheryl Chase escreveu uma carta ao The Sciences anunciando a fundação da Sociedade Intersexo da América do Norte (ISNA). Em seguida a Accord Alliance foi fundada como sucessora direta da ISNA, e a Organização Intersexo Internacional (OII) foi fundada em 2003.

Uma das bandeiras intersexo foi criada pela Organização Intersexo Internacional da Australia (OII-Australia) em 2013. Ela possui o contorno de um círculo contínuo roxo no centro para simbolizar a completude, a integralidade e o potencial de pessoas intersexo, além de representar o direito de viver e ser como quiser. O fundo amarelo e a cor roxa são usados porque essas cores tipicamente foram associadas a “hermafroditismo”. O design da bandeira foi pensado para evitar o uso de cores tipicamente associados a papéis de gênero e também evitar derivações de outros símbolos de orgulho.

Outra bandeira, criada por Natalie Phox em 2009, consiste de cinco faixas horizontais coloridas (de cima pra baixo): lavanda, branco, uma faixa azul e outra rosa com gradiente no centro, branco e lavanda. O gradiente de azul e rosa representam o espectro de “sexo” entre “masculino” e “feminino”, e a cor lavanda representa a mistura de traços “masculinos” e “femininos”. Ela é constantemente confundida com uma bandeira bigênero, pela descrição original de Phox ter sido relativamente ambígua.

Bandeira intersexo brasileira

Existe também uma bandeira exclusiva para o ativismo intersexo no Brasil. Ela possui um fundo roxo e um triângulo branco apontado para cima em seu centro, além de três finas faixas horizontais no segundo terço da bandeira, nas cores verde, amarela e verde.

A cor roxa representa a ambiguidade da condição intersexo, já que corpos de pessoas intersexo são considerados ambíguos. As faixas verdes e a faixa amarela representam o Brasil.

O triângulo representa que o sexo de uma pessoa intersexo é diferente do “masculino” (geralmente representado como um quadrado) e do “feminino” (geralmente representado como um círculo), e sua cor branca representa as infinitas possibilidades de identidades de gênero que uma pessoa intersexo pode ter. Afinal, sexo não é ligado a gênero.

Muitas pessoas intersexo utilizam intersexo como seu gênero. O termo intergênero foi sugerido por uma pessoa intersexo que não gosta de ver pessoas considerando intersexo um gênero, mas existem pessoas intersexo que não conhecem o termo, ou que preferem continuar utilizando intersexo.

Texto em grande parte traduzido e adaptado da Sociedade Intersexo da América do Norte (http://www.isna.org). Fontes: What is intersex?, What’s the history behind the intersex rights movement?

Fonte: Orientando.org

Link: https://orientando.org/o-que-e-intersexo/

"O nosso objetivo é possibilitar que casais LGBTs tenham acesso ao casamento civil, por ser uma forma de resistência..." ressalta Jane Patrícia

PUBLICADO EM 08/11/2021 10:55POR BIANCA ALEIXO

A Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS), da Prefeitura de Belém, abriu as inscrições para o primeiro casamento comunitário da comunidade LGBTQIA+. A ação irá realizar a união oficial de 20 casais, a cerimônia acontecerá no dia 11 de dezembro, na praia do Farol, no distrito de Mosqueiro, às 17h.

“O nosso objetivo é possibilitar que casais LGBTs tenham acesso ao casamento civil, por ser uma forma de resistência, já que estamos vivendo diversos retrocessos em relação à pauta do combate a lgbtfobia” ressaltou Jane Patrícia, coordenadora da CDS, segundo informações divulgadas pelo G1.

Os interessados em participar do casamento comunitário, poderão se inscrever gratuitamente até o dia 12 de novembro, na sede da CDS. A sede fica localizada no Mercado de Carnes Francisco Bolonha, em frente ao Solar da Beira, no Complexo do Ver-o-Peso. A ação é uma parceria da Coordenadoria de Diversidade e do projeto Márcia Guimarães.

De acordo com dados Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), entre janeiro e maio deste ano, 47 casos de homofobia e quatro homicídios de pessoas da comunidade LGBT, foram registrados. Ainda segundo os dados da Segup, 71 pessoas sofreram episódios de homofobia e foram registrados nove homicídios no município de Belém, no ano de 2020.

Fonte: Observatório G

link: https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/direitos/prefeitura-de-belem-pa-abre-inscricoes-para-casamento-comunitario-lgbt

 

A psicopedagoga Thais dos Santos com o filho Jacoby: bebê nasceu intersexoImagem: Arquivo pessoal

Decisão do CNJ deixa certidão de nascimento de intersexos menos burocrática

Luiza SoutoDe Universa13/09/2021 04h01

A psicopedagoga e sexóloga Thaís Emilia de Campos dos Santos, 43, descobriu que estava grávida de um filho intersexual durante um exame de ressonância fetal realizado em 2016 — o bebê não tinha testículos, útero ou ovário. Sem ter um sexo definido, após o nascimento, Jacoby ficou dois meses sem certidão de nascimento: o documento só saiu após um exame cariótipo realizado na criança, que a identificou como um menino. "Levei dois meses porque fiz pela rede particular, senão demoraria mais", afirma Thais.

A partir desta segunda-feira (13), uma decisão da Corregedoria Nacional de Justiça impede que casos como os de Thaís e Jacoby se repitam. A determinação, validada pelo Plenário do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), garante que crianças que nascem intersexo poderão ser registradas como "sexo ignorado" na certidão de nascimento em qualquer Cartório de Registro Civil, sem autorização judicial ou apresentação de laudo médico.

Em casos de crianças que nascem intersexo, a recomendação é que a DNV (Declaração de Nascido Vivo) seja preenchida pela equipe médica que realizou o parto com o sexo "ignorado". Mas até hoje, na maioria dos cartórios do Brasil, os pais precisam acionar a Justiça para emitir a certidão de nascimento com esse campo.

A psicopedagoga Thais dos Santos com o marido Beto, e os filhos, Gui, Ale e Jacoby: caçula nasceu intersexo Imagem: Arquivo pessoal... - Veja mais em https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/09/13/intersexos-poderao-ser-registrados-com-o-sexo-ignorado-na-certidao.htm?cmpid=copiaecola

De acordo com a Arpen-Brasil (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais), entre 2019 e agosto deste ano, dos 7,2 milhões de registros de nascimento feitos no Brasil, 21.888 documentos foram registrados com o campo "sexo ignorado".

Para a diretora da instituição, Andreia Galiardi, a decisão do CNJ ainda deve facilitar a alteração da certidão, se assim a pessoa desejar. "Fica mais fácil alterar o sexo e nome sem a necessidade de autorização judicial".

"Uso do termo 'ignorado' é desumano", afirma advogada

A advogada intersexo Mônica Porto é presidente da Comissão LGBTQI+ da OAB/SE Imagem: Arquivo pessoal... - Veja mais em https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/09/13/intersexos-poderao-ser-registrados-com-o-sexo-ignorado-na-certidao.htm?cmpid=copiaecola

Presidente da Comissão LGBTQI+ da OAB/SE, a advogada Mônica Porto atuou junto aos advogados Paulo Iotti, Walter Mastelaro entre outros, em nome da Abrai (Associação Brasileira de Intersexos), para que a decisão saísse. Ela, que é intersexo, acredita que a decisão representa um avanço, mas faz uma ressalva. "O uso do termo 'ignorado' é desumano. Como se faz política pública? Como vamos conseguir médicos especializados para crianças que têm sexo ignorado?", afirma.

A advogada também chama a atenção para o fato de que a decisão da autonomia aos responsáveis para mudar o sexo e o nome da criança sem o seu consentimento até os 12 anos. Para ela, é a criança ou adolescente quem deve ter esse poder de escolha.

"O Estatuto da Criança e do Adolescente traz as crianças e os adolescentes como sujeitos de direito, e não objetos de direito dos pais. E o que a gente quer também com esses documentos é fazer com que se diminua essa imposição dos médicos pela cirurgia."

Cirurgia não é unânime

Thais e o marido Beto receberam a recomendação de que fosse feita uma cirurgia após o nascimento de Jacoby. Como a criança não tinha testículos, o urologista que examinou indicou que fosse feito um canal vaginal no bebê. O casal contrariou a indicação e decidiu que esperaria até a puberdade da criança para que ela decidisse sobre o seu corpo. Jacoby, porém, acabou falecendo em 2018, em decorrência de problemas cardíacos. Por conta da sua experiência, Thais fundou a Abrai, escreveu o livro "Jacoby", e atua no atendimento a famílias de intersexos atendidas na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Para um grupo de especialistas, fazer uma plástica no órgão sexual traz menos traumas à criança e família, enquanto outra parte insiste que se as funções do corpo não estiverem prejudicadas, o recomendável é acompanhar o desenvolvimento desta pessoa.

Thais é contra. "Faço muita campanha para arrecadação de fralda para crianças que ficaram com sequelas dessas cirurgias como continência urinária e fecal. Alguns adultos operados também têm problemas. Nosso argumento é: você vai fazer uma vagina numa bebê sem saber se ela vai querer ser penetrada quando crescer?"

O endocrinologista Magnus Regios Dias da Silva, professor da Escola Paulista de Medicina, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), segue essa linha, salvo em casos necessários, como um comprometimento urinário. Magnus acredita que o acompanhamento deve incluir um trabalho de educação e informação, sobretudo de conceitos de orientação sexual e identidade de gênero.

"Parto da ideia de que o diagnóstico da pessoa intersexual é necessário para cuidar bem dessa criança e da família, para que elas possam viver com essas anatomias variadas e serem aceitas, não para fazer a cirurgia. Imagine a criança fazer cirurgia para criar vagina e ter que usar um dilatador. Além de dor e desconforto, isso pode implicar numa dificuldade grande de relacionamento", afirma.

A endocrinologista Berenice Bilharinho de Mendonça, do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) discorda. Segundo ela, há uma recomendação médica para que se faça uma plástica na criança, principalmente quando a genitália é bastante atípica. "Você não sabe como essas crianças que não serão operadas vão lidar com essa situação. Eu posso dizer que quando recebemos pessoas adultas que não foram operadas na infância, todas falam que gostariam de ter sido tratadas naquela época".

Mas para o procedimento acontecer, Berenice indica que a criança precisa ser atendida por equipes especializadas em intersexualidade e assim fazer todos os exames necessários. "É preciso ter uma certeza do diagnóstico. Não basta examinar a genitália, tem que fazer alguns exames para definir qual a alteração congênita."

O que define uma pessoa intersexual

Até os dois meses de vida intrauterina, a genitália e as gônadas (glândulas sexuais) são idênticas. A partir da oitava semana de gestação, se o feto possuir testículo, ele produzirá hormônio masculino, e consequentemente desenvolverá pênis, uretra e bolsa escrotal.

Mas se esse feto não produzir o hormônio masculino ou esse hormônio não agir como deveria, ele nascerá com a genitália incompleta.

Desta forma, ele é identificado, na medicina, com "Anomalia da diferenciação sexual 46 XY" — os homens são identificados como cariótipo XY e as mulheres, XX. Elas podem ter, por exemplo, pênis e útero. Ou nem ter o problema aparente.

Segundo especialistas, há casos ainda em que a pessoa nasce com as gônadas, mas elas só retomam o funcionamento quando a adolescente entra em puberdade, muitas vezes após os 12 anos, momento em que é percebido que a voz fica grave, os pelos aumentam e a pessoa adquire características atribuídas ao corpo masculino. Exames comuns feitos durante o pré-natal e após parto da criança podem não conseguir identificar essa variação.

Fonte: UNIVERSA

link: encurtador.com.br/sAG29

A atriz trans Indya Moore, que ganhou fama internacional ao interpretar Angel na série Pose (2018 - 2021), do canal FX, passou por várias dificuldades antes de entrar para a vida artística. Ela chegou a morar nas ruas e recebeu a ajuda de Lady Gaga por meio da Born This Way Foundation

Leia mais em:

https://br.news.search.yahoo.com/search;_ylt=AwrE1xFPs5dhvjUArFjz6Qt.;_ylu=Y29sbwNiZjEEcG9zAzEEdnRpZAMEc2VjA3BpdnM-?p=lgbt&fr2=piv-web&type=E211BR826G0&fr=mcafee

 

Artistas LGBT que marcaram a época no Brasil

Existem pessoas que marcaram a época, tornando-se assim parte da própria história

PUBLICADO EM 01/10/2021 10:17 POR BIANCA ALEIXO

Durante anos, diversos acontecimentos marcaram e ficaram gravados na história, mas existem também pessoas que marcaram a época, tornando-se assim parte dela. No Brasil, diversas personalidades que fazem parte da comunidade LGBTQIA+ foram responsáveis por marcarem épocas, deixando para as gerações futuras um grande legado.

Pensando nisso, separamos alguns nomes de pessoas que são lembradas até hoje por feitos que ficaram gravados na memória do país. A lista a seguir é composta por artistas que já faleceram e por artistas que ainda estão vivosPUBLICIDADE

Cláudia Celeste

Nascida no ano de 1952, Claudia Celeste se orgulhava de quem era e jamais chegou a esconder sua identidade, se tornando um grande exemplo para as pessoas LGBTQIA+ de sua época. Em 1977, entrou para a história ao ser a primeira travesti convidada a participar de uma novela brasileira, “Espelho Mágico” exibida pela TV Globo. O convite foi feito pelo diretor Daniel Filho, que após ver um espetáculo o qual a artista havia estrelado se encantou e quis levar parte do show para o programa.

Com os anos, Cláudia Celeste se tornou uma grande artista, participou de peças e filmes, chegando até mesmo a viajar pra a Europa para se apresentar em casas de espetáculo. No ano de 2018, Celeste faleceu aos 65 anos, vítima de uma infecção pulmonar.

Cláudia como Mis Brasil Gay em 1976 – Foto: Divulgaçã

Clodovil Hernandes

Conhecido pelas inúmeras polêmicas nas quais se envolveu ao longo de toda sua carreira, Clodovil Hernandes foi um estilista, ator, apresentador e político brasileiro. Nascido no dia 17 de junho de 1937, o artista passou por diversas emissoras no país, sendo que algumas delas já deixaram de existir. Lugares onde criou amizades, mas também desafetos. Em 1977, Clodovil conseguiu uma de suas primeiras participações que ficou marcada na televisão brasileira, no programa 8 ou 800, da TV Globo, apresentado pelo ator e radialista Paulo Gracindo.

Na década de 70 consolidou sua carreira como estilista, se tornando extremamente famoso, um sucesso entre as pessoas que possuíam um alto valor aquisitivo. No dia 17 de março de 2009, Clodovil Hernandes faleceu devido a um acidente vascular cerebral, aos 71 anos.

Clodovil Hernandes

Rogéria

Conhecida como a “travesti da família brasileira” na época em que a ditadura militar ainda existia, Rogéria nasceu no dia 25 de maio de 1943, e se tornou uma das figuras da comunidade LGBTQIA+ mais influentes e conhecidas da época. Conhecida em todo país, a artista era uma celebridade e foi uma das pioneiras a abrir espaço para as travestis no cenário brasileiro. Rogéria iniciou sua carreira como maquiadora até que, aos 21 anos, recebeu o incentivo para se lançar como artista, o incentivo partiu de ninguém menos do que a ilustríssima atriz, Fernanda Montenegro. Não demorou muito para que ela conseguisse conquistar seu espaço no showbiz.

Em 4 de setembro do ano de 2017, Rogéria faleceu aos 74 anos, em decorrência de uma infecção generalizada, deixando milhares de fãs entristecidos com sua partida. Até os dias de hoje, a artista é lembrada com carinho não somente por pessoas da comunidade LGBTQIA+, afinal, ela havia conquistado o coração do Brasil.

O espetáculo “Divinas Divas”, com Rogéria e Jane Di Castro ao centro – Foto: Divulgação

Miss Biá

Eduardo Arabella, mais conhecido como Miss Biá, foi uma das drag queens pioneiras no Brasil. Aos 21 anos, após ir a um bar na companhia de amigas decidiu se montar como drag pela primeira vez, desde então nunca mais parou. A primeira apresentação da artista em um palco foi na em uma boate hétero chamada La Vie En Rose, quebrando todo os padrões e estigmas da época.

Biá então acabou se tornando uma das artistas drags mais conhecidas no país, chegando a impressionar até mesmo a apresentadora e atriz Hebe Camargo. Durante a sua carreira, Miss Biá se transformou em inspiração para muitas pessoas que tinham o mesmo desejo que ela, poder ser exatamente quem é. Um exemplo de que, independente da época a qual se vive, é possível e preciso lutar por sua identidade. No dia 3 de junho de 2020, Miss Biá faleceu aos 80 anos, devido a complicações causadas pela Covid-19.

Eduardo Albarella, ou Miss Biá – Foto: Reprodução

Luana Muniz

Conhecida como Rainha da Lapa, Luana Muniz chegou a presidir a Associação dos Profissionais do Sexo de Gênero Travesti, Transexual e Transformistas do Rio de Janeiro. Luana foi uma travesti e grande ativista dos direitos LGBTQIA+, e foi fundadora do projeto Damas da Prefeitura, que tem como objetivo capacitar travestis e transexuais para o mercado de trabalho.

Querida por vários amigos famosos e pela população, Muniz ganhou fama após aparecer em foto ao lado do Padre Fábio de Melo, em 2015, os dois se tornaram grandes amigos. No dia 06 de maio de 2017, a artista que se tornou um símbolo de luta e resistência do movimento LGBT, faleceu devido uma parada cardiorrespiratória.

Luana Muniz, a Rainha da Lapa – Foto: Reprodução

Cazuza

Nascido no dia 4 de abril de 1958, Agenor de Miranda Araújo Neto, conhecido como Cazuza, se tornou um dos maiores nomes da música brasileira, e um ícone da comunidade LGBTQIA+. O cantor e compositor foi responsável pela criação de algumas das músicas mais famosas do país como “Exagerado”, “Brasil”, “Codinome Beija-flor” e “Faz Parte do Meu Show” alguns de seus maiores sucessos. O artista também chegou a ser vocalista da banda Barão Vermelho, onde começou a ganhar fama.

Como dizia sua música, Cazuza era uma pessoa que vivia de exageros, e buscava viver sua vida da maneira mais intensa que podia. Em 1989, o artista revelou em público que estava lutando contra o vírus da AIDS (HIV), e no dia 7 de julho de 1990 faleceu devido aos problemas de saúde causados pelo vírus.

Cazuza em foto da exposição “Cazuza Mostra a Sua Cara” no Museu da Língua Portuguesa – Foto: Flávio Colker/Divulgação

Vera Verão

Muito a frente de seu tempo, o ator, comediante e dançarino Jorge Lafond, nascido em 29 de março de 1952, era o responsável por interpretar Vera Verão, um dos maiores nomes de drag queens que já existiu no Brasil. Negro e homossexual, o artista teve que enfrentar os preconceitos que em sua época eram extremamente fortes. Exemplo de superação, o ator se tornou uma grande figura popular no cenário humorístico e levou para milhares de lares no país a alegria, mesmo ciente das dificuldades que iria enfrentar.

No dia 11 de janeiro de 2003, o grande e maravilhoso artista faleceu aos 50 anos, vítima de problemas cardiorrespiratórios, mas deixou não somente seu legado, como também a admiração e respeito de muitas pessoas. Vera Verão tornou-se um ídolo e um ícone da comunidade LGBTQIA+, e marcou sua época fazendo um lindo e inigualável trabalho.

Jorge Lafond, Vera Verão – Foto: Reprodução

Vange Leonel

Maria Evangelina Leonel Gandolfo, foi uma cantora, compositora escritora brasileira, que ficou conhecida como Vange Leonel e conseguiu o sucesso depois de iniciar sua carreira solo 1991, após o término da banda de rock Nau. A artista teve sua música “Noite Preta” incluída na trilha sonora da novela “Vamp” exibida pela TV Globo, e se tornou um grande sucesso. A cantora era também uma ativista dos direitos LGBT e escreveu diversos livros onde retratava romances entre mulheres, como por exemplo a obra “Lésbicas” publicada em 1999.

Em 14 de julho de 2014, Vange Leonel faleceu vítima de um câncer no ovário. A notícia foi dada pela revista Carta Capital, onde a escritora mantinha um blog no qual fala a respeito de cervejas.

Vange Leonel – Foto Reprodução

Jane di Castro

Cantora e atriz, Jane di Castro foi uma das responsáveis por abrir o caminho para a representatividade trans e travesti. Amiga de Rogéria, ela era muito respeitada e amada, tanto pelo público quanto pela crítica. A artista começou sua carreira como cabeleireira, mas depois de algum tempo escutou seu chamado e se dedicou ao trabalho nos palcos e chegou a ser dirigida por Ney Latorraca.

Em setembro de 2020, Jane teve que ser submetida a uma cirurgia devido a um câncer contra o qual lutava, no entanto, no dia 14 de outubro precisou retornar ao hospital onde ficou internada. Infelizmente, os médicos informaram que a situação da cantora era irreversível e, no dia 23 do mesmo mês, Jane di Castro veio a óbito devido aos problemas de saúde causados pelo câncer.

Jane di Castro – Foto: Reprodução

Markito

Marcus Vinícius Resende Gonçalves, mais conhecido como Markito, nasceu em 5 de abril de 1952, e foi um dos nomes mais influentes da moda brasileira. Um dos maiores estilistas de sua época, o artista mineiro começou a desenhar seus vestidos aos 12 anos, e chegou a produzir fantasias para a escola de samba de Uberaba, onde nasceu. Aos 30 anos, após já ter conquistado um certo sucesso, Markito produzia mensalmente cerca de 300 vestidos de alta-costura e possuía uma marca com o seu nome.

O estilista chegou a frequentar espaços onde se encontravam diversas celebridades americanas, como Diana Ross, Liza Minnelli, Bianca Jaegger e Farrah Fawcett, que vestiam as incríveis peças feitas por ele. Em 4 de junho de 1983, Markito faleceu aos 31 anos, sendo a primeira pessoa documentada no Brasil a ir a óbito devido ao vírus da AIDS.

Markito

Darcy Penteado

Darcy Penteado de Campos foi um artista plástico, desenhista e cenógrafo brasileiro. Nascido em 1926, foi um dos pioneiros militantes do movimento LGBTQIA+. Em 1948, o artista realizou sua primeira exposição individual, realizada na cidade de São Paulo. Ele também participou da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, chegando a ganhar o Disco de Ouro na categoria de melhor desenhista de capa de disco.

Darcy foi vencedor de diversos prêmios e era um dos maiores artistas conhecidos de sua época. Em 1962, recebeu o prêmio de Melhor Ilustrador do Ano, da Câmara Brasileira do Livro. No dia 3 de dezembro de 1987, Darcy Penteado faleceu devido a complicações causada pela AIDS.

Darcy Penteado

Lauro Corona

Lauro nasceu no dia 6 de julho de 1957, e foi um ator e galã de novela brasileira, tendo sua carreira iniciada no ano de 1977, quando participou do especial de Ciranda Cirandinha, da emissora TV Globo. Logo em seguida, em 1978, conseguiu seu primeiro papel na telenovela “Dancing Days” também exibida pela emissora Globo.

O ator se tornou rapidamente um grande sucesso, participando de mais de dez novelas e também estrelou dois filmes, um deles sendo o famoso “Bete Balanço” de 1984. Lauro tinha tudo para continuar sendo um dos grandes nomes entre os artistas do cenário televisivo, mas infelizmente teve sua carreira interrompida, quando aos 32 anos morreu em decorrência do vírus da AIDS no ano de 1989.

Lauro Corona

Renato Russo

Assim como Cazuza, Renato Russo também foi um dos maiores nomes da música brasileira, e responsável por compor e cantar algumas das músicas de maior sucesso do país. O cantor que fazia parte da memorável banda de rock Legião Urbana, nasceu em 27 de março de 1960, e se tornou um ícone, não somente de sua geração, mas de todas as outras que vieram após ela.

Considerado um gênio musical, o artista compôs músicas inesquecíveis como “Tempo Perdido”, “Índios” e “Faroeste Caboclo”. Em 11 de outubro de 1996, o grande cantor e compositor Renato Russo, morreu vítima do vírus da AIDS.

Renato Russo – Foto Divulgação

Cássia Eller

A cantora e compositora Cássia Eller foi um dos grandes nomes da representatividade LGBT de sua época, e também um dos maiores sucessos da música brasileira. A artista compôs músicas que conquistaram os corações de todos os brasileiros, como “Luz dos Olhos”, “Segundo Sol”, “Relicário” e, claro, “Malandragem”. A voz da cantora era vista como algo encantador e inigualável. Cássia era famosa também por quebrar diversos padrões sociais, apesar de ser considerada uma pessoa tímida por seus amigos.

Grande amiga do cantor Nando Reis, em 29 de dezembro de 2001, a cantora deixou um vazio e um enorme sentimento de tristeza no peito de seus milhares de fãs, quando morreu aos 39 anos.

 

Cássia Eller – Foto Marcos Hermes/Divulgação

Angela Ro Ro

Com mais de 40 anos de carreira, Angela Maria Diniz Gonsalves, conhecida como Angela Ro Ro, é uma cantora, compositora e pianista brasileira. A artista teve seus primeiros contatos com a música quando ainda era pequena. Aos 5 anos, ela começou a estudar piano clássico, e com os anos sua paixão pela música foi crescendo cada vez mais. Angela teve como influências em sua vida, artistas como Noel Rosa, Maria Betânia, Frank Sinatra, e Rolling Stones. Na década de 70, a cantora passou a cantar na noite carioca e em 1979 gravou seu primeiro álbum.

Por conta do sucesso que fez em toda sua trajetória, Ro Ro tem seu nome comentado até os dias de hoje.

Angela Ro Ro – Foto Reprodução

Ney Matogrosso

Famoso cantor, compositor, dançarino e diretor, Ney Matogrosso certamente é um ícone, não somente da música, mas da história brasileira. Ex-integrante da banda Secos & Molhados, onde conseguiu muita fama, apesar de ter se tornado uma grande figura pública, Ney é extremamente reservado e avesso aos holofotes quando não se trata de sua vida profissional. O cantor que faz sucesso até os dias de hoje, nasceu no dia 1 de agosto de 1941, atualmente é um dos maiores representantes da comunidade LGBTQIA+ de sua época.

Ney Matogrosso – Foto: Divulgação

Marco Nanini

O ator, humorista e diretor de teatro, Marcos Nanini deu vida a centenas de personagens inesquecíveis da televisão e do cinema brasileiro, como por exemplo, um de seus maiores e mais memoráveis papéis, o Lineu Silva, de “A Grande Família”. Ícone de sua época, Marcos é um dos atores mais conhecidos do cenário televisivo do país, contracenou com outros grandes nomes como Pedro Cardoso, Marieta Severo, Selton Melo, Matheus Nachtergaele e muitos outros.

Nascido em 31 de maio de 1948, o artista se sente muito mais confortável para falar a respeito de sua orientação sexual hoje em dia, e defende também os direitos LGBT.

Marco Nanini – Foto: Divulgação

Sandra de Sá

Nascida no Rio de Janeiro em 27 de agosto de 1955, Sandra de Sá é um sucesso e grande nome da música no Brasil. Antes de iniciar a sua carreira, chegou a cursar psicologia, mas sentiu que tinha um chamado diferente em sua vida. Em 1978, Sandra atingiu o sucesso ao ter uma de suas músicas gravadas pela incrível cantora e compositora Leci Brandão, que cantou a música “Morenando”. Sandra é cantora, compositora e instrumentista. No ano de 1980, lançou seu primeiro álbum “Demônio Colorido” e desde então decolou em sua carreira.

Nome de grande popularidade entre a comunidade LGBTQIA+, Sandra é casada com Simone Malafaia desde 2017, e é também protetora dos direitos da comunidade.

Sandra de Sá – Foto: Reprodução

Fonte: Observatório G

Link: encurtador.com.br/deLPU

 

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